Estava na fila de um comércio certo dia e involuntariamente me peguei ouvindo duas pessoas conversando logo atrás. Eu costumo não fazer isso pelo simples fato que sou muito distraída, fico pensando na vida, olhando pro nada, "viajando na maionese", como dizem por aí. No entanto, o que me chamou atenção foi o fato de uma das pessoas comentar que a fulana, sobre a qual conversavam, era meio esquisita. Pronto! Lá estava eu me envolvendo mentalmente na conversa dos outros! Eu respondi em silêncio: Sensacional que ainda exista gente esquisita. Eu particularmente, prefiro que não me achem normal. Ser normal não leva a lugar algum, normal nunca foge do óbvio, não se arrisca por nada. Ser esquisito é ser diferente, faz a gente ser único, peculiar. Normal me lembra genérico de farmácia, tipo cópia de xerox, ABNT...tudo padrão. Deus me livre de ser normal! E assim fiquei no meu devaneio, hoje lembrei disso e pensei outra vez comigo: prefiro que me achem esquisita, a ser considerada normal. (Paola Braga)
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